terça-feira, 17 de janeiro de 2012
Linhas Mestras
É um desmascaro / Singelo grito: "O rei está nu"/ Mas eu desperto porque tudo cala frente ao fato de que o rei é mais bonito nu
E eu vou e amo o azul, o púrpura e o amarelo / E entre o meu ir e o do sol, um aro, um elo. ("Some may like a soft brazilian singer but i've given up all attempts at perfection"). Caetano Veloso, Estrangeiro
Dos detalhes pintados à mão,
transbordam múltiplas
alegorias ornadas de luz.
De cada ponto, de cada traço,
saem palavras em forma de
sensações, sentimentos
escorridos em azul, lilás,
cinza, vermelho, verde -
mil cores escrevendo
e cravando
a pintura.
A pintura metafórica -
assimetria proposital do texto
expresso para ver e ouvir:
ora
o silêncio do choro -
em tons de azul,
ora
as tantas cores
na nitidez da força,
que a mão forjou
para o corpo descansar.
ora
o que o leitor da pintura
bem quiser.
Cores em profusão
explodem.
Depois de lida,
a arte transforma
o cotidiano
em algo mais palpável,
exatamente por ser
onírica.
Ler a pintura mostra alguns princípios de viver,
assim como ver as cores das palavras.
Rosane Gomes
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Linda análise, poética...bj, Rô
ResponderExcluirMuito obrigada!
ResponderExcluirValeu pela visita e pela leitura!
Bj,
Rosane Gomes