Ele incompreendia seus humanos. Tinham um comportamento bizarro. Por que não reconheciam nas lambidas, nos pulos e no carinho com as patas o amor? A eles oferecia tanto espaço... Aceitava qualquer coisa - um pedaço de pano era brinquedo; chão, descanso. Biscoito ou comida crua eram alimento - até pedaço de papel valia.
Mas se apartaram dele. A coleira inútil velou o pescoço extinto. Restou um apartamento oco.
Surdo.
Rosane Gomes
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