quarta-feira, 16 de setembro de 2015
Poema para Rogéria
"Eu vejo esses peixes e vou de coração / Eu vejo essas matas e vou de coração à natureza..." (Milton Nascimento)
"E Jesus disse: amarás o Senhor Teu Deus de todo coração/ Amarás o próximo como a ti mesmo" Mateus 22
Rogéria, amiga de anos, lembra-me energia do mar,
sonho bom,
placidez de matas verdes,
sonatas,
carnaval.
E um belo quintal,
onde tudo cabe:
os cheiros gostosos - farofa com banana,
peixes em recipientes brancos,
arroz integral,
amor integral.
A mesa posta com requintes de simplicidades:
brigadeiro com avelã.
II
Ousada, tento descrevê-la:
delicados
gestos
precisas palavras
colhidas
no empenho de ser
amável
- embora com sinceridades necessárias.
cortantes
Olhar presente: sem tempo para hanseníase na alma.
quarta-feira, 2 de setembro de 2015
José
Vigia, em que pé está a noite? -Vem a manhã e também a noite.Se quereis perguntar, perguntai.Voltai e indagai outra vez" (Isaías,21:11)
José surpreende com
palavras, músicas e letras que raro ouvi.
José me anuncia algo acalentador
José Claro – manhã lunar.
José, nome de meu tio, lembranças de menina...
José preciso - “uma faca só lâmina”...
José, de João Cabral – apenas a esperança – sem o doloroso
final.
José Carlos é mesmo ele, afinal.
Este poema em nada resulta sem sua presença virtual.
Foi no exato momento do som que escrevi seu nome, José.
Na Bíblia, o interpretador de sonhos.
Será que entra em meu sono?
José, um ledor.
Às vezes amedronta,
pelo fato de me alcançar assim.
Radiografia de mim.
Radiografia de mim.
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