Mater Dolorosa (oração desaforada)
“E qualquer coisa que lhe pedirmos, dele a
receberemos, porque guardamos os seus mandamentos, e fazemos o que é agradável
à sua vista.” (1 João
3:22)
“Quando lavarem a mágoa/Quando
lavarem a alma/Quando lavarem a água
Lavem os olhos por mim/ E Quando colherem os frutos/Digam o gosto pra mim/ Digam o gosto pra mim (Ivan Lins)”
Lavem os olhos por mim/ E Quando colherem os frutos/Digam o gosto pra mim/ Digam o gosto pra mim (Ivan Lins)”
Entre escombros eu me vejo para agradar meu filho.
De nada adianta, Deus.
O que mais devo destruir para que o coração esteja em paz?
Mandei derrubar paredes – as da casa e as minhas. E nada. E
nunca. Parece que jamais.
A que santo ou anjo peço ajuda para encontrar nele o amigável?
Em que altar me ajoelho, pobre da angústia que me abala,
para receber um, apenas um milagre?
O que oferecer a ti senão a mim mesma neste lugar
transformado em calvário? Prepotência minha. Sou humana, não sou santa,
tampouco teu filho eterno feito homem. Apenas posso oferecer meu corpo e minha
alma sangrante em sacrifício diário, sem esperar tua resposta.
Por enquanto só digo amém e amém e améM e amÉM e aMÉM e AMÉM, Senhor, para tua
vontade.
Que eu veja as constantes mortes cotidianas de perto – e dentro
de mim –
Até que me concedas a ressurreição.
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