"E apliquei o meu coração a conhecer a sabedoria e a conhecer os desvarios e as loucuras, e vim a saber que também isto era aflição de espírito.
Porque na muita sabedoria há muito enfado; e o que aumenta em conhecimento, aumenta em dor.
Eclesiastes" 1:17-18
Porque na muita sabedoria há muito enfado; e o que aumenta em conhecimento, aumenta em dor.
Eclesiastes" 1:17-18
Chego ao fundo do poço de meus medos.
Ele diz – te amo, linda.
Sem estofo para acreditar, pergunto
por que motivo
Eu enfadonha, eu ácida mereço este?
As paredes da casa sumiram.
Não são os vazios que me assustam.
É o cimento que preenche a sobra de parede dura e antiga do meu refúgio de violência.
A casa agora sem fronteiras invade meu sono triste.
O chão decepado faz coro com a mão ausente do mestre de obras.
E ele-sem-mão tem um par, ainda que seja chão.
Ele tem um chão, ainda que falho.
Ele tem. E sem complemento com dedos.
A mim me restaram
o cativeiro,
o esgotamento e
a criança grande que não para de berrar e
me assusta. Não quero acalentá-la.
Sou má ou pior por rejeitar incômodo uterino?
Estou sem forças.
Uma poeira de solidão profana a manca morada, me sufocando.
Saudades do avô materno.
Ele sempre tinha um ar reserva para soprar esperanças.
Saudade grega do pai -
Sempre vinha com berros que, diferentes dos da criança, soavam um piano suave de Chopin.
Adentro as tripas de minha mãe, como quem pede asilo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário